Movimentação de carga: saiba como fazer em sua empresa!
A movimentação de cargas e materiais, também chamada de transporte interno, é tudo relacionado a movimentação dos produtos em uma empresa ou em uma área dela. Por exemplo, movimentações para repor matéria-prima da linha de produção ou transporte de materiais entre setores ou galpões.
Toda essa movimentação precisa de um planejamento e não se deve pensar apenas no espaço e no tempo em que os produtos são movimentados, além de todo aspecto humano da coisa. Por mais que tudo seja automatizado, sempre há alguém para comandar toda a movimentação dos materiais.
Mas como fazer isso exatamente? Ou quais são os equipamentos utilizados nesses tipos de operações? A Dutra Máquinas te mostra nesse artigo quais as principais etapas que auxiliam em uma movimentação de carga, além de sistemas e equipamentos utilizados, e claro, os benefícios para a empresa e os colaboradores. Continue a leitura e saiba mais!
Principais etapas para a movimentação de cargas
Para uma movimentação de cargas eficiente, é necessário analisar cuidadosamente todas as etapas do processo, considerando a integração de todas as áreas envolvidas e avaliando os objetivos do negócio, a situação do mercado e a estrutura disponível para o armazenamento. Confira abaixo mais detalhes das principais etapas para a movimentação de cargas:
1. Integração e planejamento
Toda a movimentação dos materiais deve ser analisada com cuidado e pensada de maneira abrangente, tendo em mente que o transporte interno afeta muitas áreas ao mesmo tempo.
Por isso, é preciso planejar, integrar e avaliar com cuidado os objetivos do negócio, além de toda a situação do mercado e, claro, a estrutura disponível para o armazenamento. Não se esqueça de que é importante avaliar o ciclo de vida do fluxo, identificando todas as despesas do início ao fim do processo.
Então, todas as áreas da operação precisam estar envolvidas no processo de movimentação de cargas, que vai desde a estocagem até a produção, embalagem, expedição, inspeção, transporte, etc.
2. Padronização
Para que a movimentação de cargas seja ainda mais eficiente, é necessário padronizar os processos e também os equipamentos — no qual falaremos mais a frente neste artigo. Dessa forma, com a padronagem, um único método servirá para diferentes situações. Lembrando que é importante não sacrificar a agilidade do processo para a padronização.
Como padronizar? É necessário agrupar cargas, mesmo que por um curto período, para facilitar o transporte, armazenagem e claro, todo o esforço e tempo do operador. Um bom uso do espaço também ajuda na padronização, principalmente em ocupações verticais que aproveitam uma boa área disponível.
3. Tempo gasto no processo
Estudar o tempo gasto durante a movimentação de cargas da sua operação ajuda a criar protocolos que reduzem o tempo de cada tarefa, fazendo com que o tempo de ociosidade, tanto dos operadores quanto das máquinas e equipamentos, sejam reduzidos.
4. Segurança
Durante toda a operação é importante respeitar as limitações humanas conforme a operação se desenrola. Equipamentos que alcancem os locais mais altos, por exemplo, reduzem com facilidade os movimentos repetitivos. Além disso, a segurança dos operadores necessitam ser prioridade na criação das metodologias de trabalho.
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5. Automação
Por último, para aumentar toda a eficiência e agilizar a operação, a automatização de alguns processos durante o dia a dia é uma etapa importante na movimentação de cargas. A verificação do que pode ser automatizado ou, até mesmo, mecanizado pode ser feita durante a análise dos processos que já existem.
Equipamentos: conheça os mais utilizados na movimentação de carga
Um bom planejamento de movimentação de carga tanto para a saída quanto a entrada de materiais em uma empresa ou distribuidora não pode deixar de ter alguns dos equipamentos que são considerados básicos. Confira abaixo com mais detalhes alguns deles:
Empilhadeiras
As empilhadeiras são veículos industriais utilizados para transportar e manusear materiais em grandes indústrias. Elas são muito úteis devido à sua versatilidade e capacidade de transportar volumes que seriam impossíveis para os operadores trabalharem, já que suas grandes lâminas conseguem transportar pallets e outros objetos que seriam difíceis de serem transportados manualmente.
Existem diferentes tipos de empilhadeiras, como elétricas, manuais, movidas a diesel ou gás liquefeito. A escolha ideal deve ser baseada na performance ao erguer e descer objetos, dinâmica com peso máximo possível e estabilidade, entre outras características. Esses equipamentos são essenciais para a movimentação interna de produtos em empresas.
Paleteiras
Uma paleteira, também conhecida como transpaletes, é uma empilhadeira manual usada para deslocar materiais em pallets, um a um. É comum em empresas de pequeno porte, onde a movimentação de mercadorias em pallets é menor e uma empilhadeira convencional não consegue erguê-las.
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As paleteiras podem deslocar até 2.200 kg, já as mais potentes possuem a capacidade de transporte em 3.000 kg e são uma opção mais simples e acessível para pequenas empresas.
Guindastes
Os guindastes, ou também chamadas de “gruas”, são equipamentos projetados para mover materiais extremamente pesados de forma rápida e segura. Eles foram criados na Europa e foram muito usados durante a Segunda Guerra Mundial.
Atualmente, possuem tecnologia eletrônica chamada de “sistema eletrônico para oscilação de frequência”, tornando-os mais estáveis, com arranque mais suave e com menor custo de manutenção. Os guindastes são essenciais para as indústrias de grande porte devido à sua capacidade de mover materiais pesados em alturas de até 150m.
Comboio
Os comboios ou carrinhos-comboios são semelhantes a locomotivas e são usados em empresas de pequeno e médio porte para transportar cargas em vagonetas, cada uma com um tipo de material. Eles podem deslocar materiais em distâncias menores do que as empilhadeiras e são de simples uso, de baixo custo e extremamente flexíveis.
Os comboios transportam grande quantidade de materiais por médias distâncias de forma econômica e segura.
Esteira transportadora
As esteiras transportadoras são amplamente utilizadas para facilitar a carga e descarga de materiais de um caminhão que transporta de um polo a outro, tornando o processo muito mais rápido do que se fosse feito manualmente. Por exemplo, a transferência de materiais entre colaboradores que estão estabelecidos em certa distância uns dos outros.
Existem dois tipos de esteiras: fixas e flexíveis, que funcionam por meio de cilindros ou rolamentos. Elas são essenciais para a construção civil, setor automotivo e fábricas de alimentos, pois ajudam a executar tarefas que normalmente exigiriam vários colaboradores e operadores.
Quais os benefícios de toda essa operação logística?
Os benefícios são dos mais variados como redução de custos, aumento na capacidade de produção e na criação de novos procedimentos sistemáticos e seguros de trabalho. Confira mais detalhes logo abaixo:
- Redução dos custos: ao incorporar a automatização de processos e equipamentos, há uma economia na mão de obra especializada. Existe também a possibilidade de economizar na perda de materiais e prevenir acidentes;
- Aumento na capacidade de produção: com uma metodologia eficiente, é possível diminuir a ociosidade e atrasos entre as operações e departamentos, além de agilizar o processo em todo o seu ciclo produtivo;
- Criação de métodos sistemáticos e seguros: quando se investe no equipamento certo e em um processo que integre todas as áreas do ciclo logístico, você cria um sistema mais seguro e com muito menos esforço físico.
Existem tecnologias que ajudam na movimentação de cargas?
A tecnologia e a automação são capazes de dinamizar as estratégias de planejamento e operações físicas na movimentação de cargas e materiais. Softwares podem ajudar a obter melhores resultados, mas é importante avaliar as necessidades da empresa antes de escolher a solução tecnológica ideal.
Existem três soluções tecnológicas mais utilizadas na movimentação de materiais, que são elas:
- ERP (Enterprise Resource Planning ou Sistema de Gestão de Empresas): sistema que incorpora setores e centraliza dados e informações da empresa em um único lugar;
- WMS (Warehouse Management System ou Sistema de Gestão de Armazéns): otimiza o controle de estoque e engloba a cadeia de suprimentos com atividades rotineiras como expedição de mercadorias, separação de pedidos, endereçamento, etc.
- TMS (Transportation Management System ou Sistema de Gestão de Transporte): coordena a frota com funcionalidades de roteirização, rastreamento e monitoramento de veículos.
Com todas essas informações, um gestor poderá encontrar os principais gargalos de produtividade da empresa, garantir mais segurança durante o processo e aos colaboradores, além de ter pleno controle sobre a movimentação dos materiais.
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